domingo, 11 de novembro de 2007

ÉTICA JORNALÍSTICA


Os jornalistas têm consciência de que devem ser pautados no seu código de ética. Aprendem na faculdade que a ética está acima de tudo, mas quando vão para o mercado de trabalho a realidade é bem diferente da utopia sonhada nas universidades.
Até que ponto esses profissionais tem liberdade de escrever ou dizer o que realmente pensam?
Quando um jornalista se senta para escrever um texto, pensa em 1º lugar no dono do jornal; e em 2º lugar nos colegas desempregados que se encontram nas portas das redações.
Os comunicólogos que trabalham em grandes empresas de informação são levados a se adequar à posição dos proprietários, eles não podem nem sequer manter uma aparência de neutralidade. Todos fazem parte de um exercito em busca da informação, mas focados em uma mesma linha de atuação, tão iguais que chega a ser ridículo.
E não adianta ser contra, pois o exercito de reservas faz desses profissionais vítimas de suas metas e ambições.
E como deverão sentir-se? Será que perderam a consciência do seu papel perante a sociedade?
E os seus valores tão defendidos em seminários e palestras no período de discentes?
Será possível conservar a credibilidade nessa profissão tão banalizada?
Uma posição muito difícil de ser tomar.
Seguir rigorosamente com a visão dos seus chefes ou não se venderem e contar com a sorte de conseguir um veículo que aposte na veracidade e profundidade dos fatos?
Se pensarem apenas nos seus patrões, no seu emprego (sempre lembrando dos desempregados na portas das redações), onde haverá o compromisso com a verdade, com a liberdade de impressa, com o nosso país, com o nosso povo?
Estamos vivendo umas das piores, se não a pior crise de credibilidade da impressa brasileira, da identidade da notícia, da veracidade dos fatos, da informação contextualizada.
Nós futuro jornalistas estamos em frente a um dilema.
Devemos acreditar na profissão e nos mantermos pautados na ética?
Ou nos moldarmos ao mercado de trabalho sonhando com o prestigio e as grandes mídias?
Vamos aguardar para ver o que nos espera, mas esperamos que a ética vença a comercialização da informação nessa briga cada vez mais desumana.

Nenhum comentário: